9 de out. de 2014

Livro Autoridade Espiritual Genuína

AUTORIDADE ESPIRITUAL




No deserto, os filhos de Israel foram confrontados com um problema. Surgiu, entre eles, uma questão sobre quem deveria estar em liderança. Além de Moisés e Arão, havia outros homens na congregação que eram bem conhecidos e considerados líderes. Entre eles estavam Datã e Abirão, que reuniram outros 250 para desafiar a liderança dos ungidos de Deus. Eles estavam lutando por posições de autoridade e reconhecimento entre o povo de Deus. Falaremos mais tarde, no capítulo 2, acerca do julgamento de Deus sobre estes rebeldes, mas aqui a nossa consideração é diferente.

Imediatamente após este confronto relativo à autoridade de Deus ter sido resolvido, Nosso Senhor sentiu que era necessário ensinar a Seu povo uma lição sobrenatural. Ele sabia que Seus filhos, no futuro, também precisariam ser capazes de reconhecer a autoridade espiritual. Eles iriam necessitar de uma base pela qual poderiam julgar que tipo de autoridade era simplesmente humana e qual era verdadeiramente divina. Já que a autoridade terrena pode ser comovente com todo o seu charme e possibilidades, talvez nós também possamos nos beneficiar da ilustração sobrenatural de Deus.
O que Deus fez foi isto: Ele instruiu Moisés a tomar um cajado de cada um dos líderes da congregação. Esta vara era um símbolo de liderança e autoridade. Essa coleção de varas, entre as quais aquela de Arão, foi colocada no tabernáculo durante a noite. Pela manhã, algo sobrenatural havia ocorrido. A vara de Arão tinha mudado de três maneiras. Ela havia brotado, florescido e dado frutos – tudo ao mesmo tempo! Isto é realmente incrível.Você já viu um galho de uma árvore ter botões, flores e frutos simultaneamente? As outras varas permaneceram como eram – velhas, duras e secas.  Mas a vara daquele que estava manifestando autoridade divina tornou-se completamente diferente.
Esta ilustração ainda fala conosco hoje. A autoridade humana e a autoridade verdadeiramente divina tem, cada uma, um distinto sabor espiritual. Cada uma tem características individuais que podemos identificar. A autoridade terrena é dura e seca. Ela exige direitos sobre nós, mas não dá satisfação. É exercida pela força humana e impingida com medidas terrenas. Assim como uma vara velha e seca poderia ser usada para bater ou golpear um animal desobediente, assim também a autoridade humana controla os outros através do uso da poder, coerção, exigências ou força superior, seja física ou psicológica. Hoje, por exemplo, entre os grupos cristãos esta autoridade é freqüentemente escondida através da aceitação ou rejeição do grupo. O líder manipula a opinião do grupo que, então, serve como um tipo de vara para disciplinar o desobediente.
A verdadeira autoridade espiritual, por outro lado, tem um sabor inteiramente diferente! Ninguém nunca pensaria em bater em alguém com um galho cheio de flores e frutos. Alguma coisa a mais está focalizada aqui. Para começar, os botões falam de algo novo, macio e fresco, algo que está vivo. Assim, vemos que a autoridade espiritual está viva e que é cheia da vida divina. As flores nos falam de algo cheiroso, algo com o doce perfume do caráter de Cristo. E os frutos nos falam de algo nutritivo, não de exigência, mas de satisfação. Estas são as características da verdadeira liderança e autoridade espiritual. Aqueles que a estão exercendo exibirão estas qualidades: eles estarão cheios da vida de Deus, vivendo em comunhão íntima com Ele. Eles terão o aroma doce de Cristo porque tiveram o caráter Dele saturando suas vidas, tendo suas próprias habilidades naturais e autoridade quebradas por Sua mão. Finalmente, eles serão uma fonte de alimento e satisfação ao invés de exigência seca, já que eles próprios estão firmemente ligados à videira celestial.
Aqui, irmãos e irmãs, está o verdadeiro teste de toda e qualquer autoridade na Igreja cristã. Quais características ela mostra? Que sabor e aroma ela tem?  Verdadeiramente estas coisas são espiritualmente discernidas e não podem ser compreendidas pelo homem natural. Mas isto não nega a realidade dela. Cada um de nós é requerido por Deus a se submeter à Sua autoridade. Portanto, é necessário que cada um de nós seja capaz de discernir e decidir o que vem verdadeiramente Dele, e o que é apenas a vara do homem. Em cada lugar e em cada grupo há aqueles que estão declarando ter ou estar com a verdadeira autoridade. Possa Deus nos dar graça para que possamos discernir o sabor do que é genuinamente Dele. Possa Deus também usar este livro para ajudar o Seu povo em todo este importante empreendimento.



DAVID W. DYER 

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