AUTORIDADE ESPIRITUAL
No deserto, os filhos de Israel foram confrontados com um problema. Surgiu, entre eles, uma questão sobre quem deveria estar em liderança. Além de Moisés e Arão, havia outros homens na congregação que eram bem conhecidos e considerados líderes. Entre eles estavam Datã e Abirão, que reuniram outros 250 para desafiar a liderança dos ungidos de Deus. Eles estavam lutando por posições de autoridade e reconhecimento entre o povo de Deus. Falaremos mais tarde, no capítulo 2, acerca do julgamento de Deus sobre estes rebeldes, mas aqui a nossa consideração é diferente.
Imediatamente
após este confronto relativo à autoridade de Deus ter sido resolvido, Nosso
Senhor sentiu que era necessário ensinar a Seu povo uma lição sobrenatural. Ele
sabia que Seus filhos, no futuro, também precisariam ser capazes de reconhecer
a autoridade espiritual. Eles iriam necessitar de uma base pela qual poderiam
julgar que tipo de autoridade era simplesmente humana e qual era
verdadeiramente divina. Já que a autoridade terrena pode ser comovente com todo
o seu charme e possibilidades, talvez nós também possamos nos beneficiar da
ilustração sobrenatural de Deus.
O que Deus
fez foi isto: Ele instruiu Moisés a tomar um cajado de cada um dos líderes da
congregação. Esta vara era um símbolo de liderança e autoridade. Essa coleção
de varas, entre as quais aquela de Arão, foi colocada no tabernáculo durante a
noite. Pela manhã, algo sobrenatural havia ocorrido. A vara de Arão tinha
mudado de três maneiras. Ela havia brotado, florescido e dado frutos – tudo ao
mesmo tempo! Isto é realmente incrível.Você já viu um galho de uma árvore ter
botões, flores e frutos simultaneamente? As outras varas permaneceram como eram
– velhas, duras e secas. Mas a vara daquele que estava manifestando
autoridade divina tornou-se completamente diferente.
Esta
ilustração ainda fala conosco hoje. A autoridade humana e a autoridade
verdadeiramente divina tem, cada uma, um distinto sabor espiritual. Cada uma
tem características individuais que podemos identificar. A autoridade terrena é
dura e seca. Ela exige direitos sobre nós, mas não dá satisfação. É exercida
pela força humana e impingida com medidas terrenas. Assim como uma vara velha e
seca poderia ser usada para bater ou golpear um animal desobediente, assim
também a autoridade humana controla os outros através do uso da poder, coerção,
exigências ou força superior, seja física ou psicológica. Hoje, por exemplo,
entre os grupos cristãos esta autoridade é freqüentemente escondida através da
aceitação ou rejeição do grupo. O líder manipula a opinião do grupo que, então,
serve como um tipo de vara para disciplinar o desobediente.
A verdadeira
autoridade espiritual, por outro lado, tem um sabor inteiramente diferente!
Ninguém nunca pensaria em bater em alguém com um galho cheio de flores e
frutos. Alguma coisa a mais está focalizada aqui. Para começar, os botões falam
de algo novo, macio e fresco, algo que está vivo. Assim, vemos que a autoridade
espiritual está viva e que é cheia da vida divina. As flores nos falam de algo
cheiroso, algo com o doce perfume do caráter de Cristo. E os frutos nos falam
de algo nutritivo, não de exigência, mas de satisfação. Estas são as
características da verdadeira liderança e autoridade espiritual. Aqueles que a
estão exercendo exibirão estas qualidades: eles estarão cheios da vida de Deus,
vivendo em comunhão íntima com Ele. Eles terão o aroma doce de Cristo porque
tiveram o caráter Dele saturando suas vidas, tendo suas próprias habilidades
naturais e autoridade quebradas por Sua mão. Finalmente, eles serão uma fonte
de alimento e satisfação ao invés de exigência seca, já que eles próprios estão
firmemente ligados à videira celestial.
Aqui, irmãos
e irmãs, está o verdadeiro teste de toda e qualquer autoridade na Igreja
cristã. Quais características ela mostra? Que sabor e aroma ela tem?
Verdadeiramente estas coisas são espiritualmente discernidas e não podem ser
compreendidas pelo homem natural. Mas isto não nega a realidade dela. Cada um
de nós é requerido por Deus a se submeter à Sua autoridade. Portanto, é
necessário que cada um de nós seja capaz de discernir e decidir o que vem
verdadeiramente Dele, e o que é apenas a vara do homem. Em cada lugar e em cada
grupo há aqueles que estão declarando ter ou estar com a verdadeira autoridade.
Possa Deus nos dar graça para que possamos discernir o sabor do que é
genuinamente Dele. Possa Deus também usar este livro para ajudar o Seu povo em
todo este importante empreendimento.
DAVID W.
DYER
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