Ministério Internacional Ensinando Cristo às Nações
Fazendo discípulos, ensinando-os... MT 28.18-20/2TM 2.2
O
DÍZIMO HOJE
Gênesis
14.12-20 – Hebreus 7.4-10
O dízimos e ofertas
são um princípio espiritual e não apenas material.
Podemos comprovar
a veracidade desta afirmação analisando o testemunho (experiência) de Abraão.
Há muitos críticos
do dízimo na atualidade, dizem eles que hoje na aliança da Graça não temos que
devolver os dez por cento, pois afirma que o dízimo era apenas para a aliança
da lei. Pois bem vamos ver o que a BÍBLIA tem a nos dizer sobre isso.
Depois da batalha,
Abrão que não tinha aparentemente nada a ver com aquela guerra, (pois Ló havia se
desligado de Abrão, Gn 13.1-13) ele demonstra alguns princípios muito
importantes da vida espiritual, que nos serve de exemplo para nós hoje.
1º - Envolveu-se numa guerra para salvar o seu
sobrinho, e acabou salvando outras pessoas e seus bens. - Isso mostra amor
ao próximo, altruísmo e compaixão.
2º - Colocou o seu relacionamento com Deus em primeiro
lugar:
- Atendeu primeiro
o sacerdote do Deus vivo (Melquisedeque) e só depois o rei de Sodoma.
- Deu o dízimo de
tudo. (dos melhores despojos diz o livro de Hebreus 7.4b)
- Reconheceu a
grandeza do sacerdote, pois lhe deu o dízimo de tudo, recebendo a oração deste.
3º - Não aceitou nenhuma oferta do rei pagão (o rei de
Sodoma), no entanto recebeu pão e vinho do sacerdote do Deus Altíssimo, demonstrando
nesta atitude, submissão e dependência de Deus, pois estava reconhecendo que o Sacerdote
era maior que ele pois era representante do Deus Altíssimo.
Hebreus 7.4 Considerai, pois, como era GRANDE esse a
quem ABRAÃO, O PATRIARCA, PAGOU O DÍZIMO TIRADO DOS MELHORES DESPOJOS.
4º - Reconheceu que foi Deus quem havia lhe concedido
a vitória (o que o próprio Melquisedeque reconhece prontamente Gn 14.20) entregando-lhe
a décima parte do despojo da guerra, (como era costume dos povos de seu tempo,
entregar a décima parte dos seus ganhos a sua divindade).
Entregando
o dízimo Abrão estava consagrando tudo o mais a Deus, pois os homens daquela
época tinham o costume de pagar tributos, impostos e ofertas a outros reis,
mais fortes e poderosos que eles, fazendo assim uma aliança de paz e/ou
proteção,
um exemplo disso está em Gênesis 21.22-34 quando Abimeleque reconhece que Deus
estava com Abrão e mesmo este sendo “maior” que Abrão, (Humanamente falando, pois
Abrão estava habitado nas terras de gerar e Abimeleque era rei de gerar, GN 20.15)
toma a iniciativa de fazer a proposta da aliança Gn 21.22,23, e Abrão que
estava numa posição inferior a Abimeleque (humanamente falando) faz a oferta de
ovelhas e bois a este Gn 21.27, fazendo assim aliança de paz Gn 21.32.
Podemos entender
por este exemplo que Deus sendo o dono de toda a terra (Salmos 24.1,2) pode
exigir do seu povo (aqueles que foram salvos por ele) um tipo de imposto (o
dízimo) para o sustento da sua obra (igreja, ministros e obras sociais) aqui na
terra.
Há muitos que usam
de argumentos filosóficos para refutar a doutrina do dízimo, argumentando
veementemente contra a prática do dízimo diz que se devemos dizimar hoje
devemos também praticar os outros mandamentos da lei, (como a guarda do sábado,
sacrifício de animais e a circuncisão masculina) mais a verdade é que o princípio
do dízimo está acima da lei, pois, foi estabelecido muito antes da lei e vemos
isso claramente com Abrão quando este se encontra com Melquisedeque, que a
Bíblia afirma ser sacerdote do Deus Altíssimo vejamos:
Gênesis
14.18-20
18 Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; era sacerdote
do Deus Altíssimo;
19 abençoou ele a Abrão e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus
Altíssimo, que possui os céus e a terra;
20 e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus
adversários nas tuas mãos. E de tudo lhe deu Abrão o dízimo.
O autor da carta aos Hebreus diz que
Melquisedeque era maior que Abrão (Hb 7.4) e o considera semelhante ao Filho de
Deus (Hb 7.3) fazendo menção do salmo profético de Davi quando o salmista diz: O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl
110:4). Declarando assim que a
ordem o sacerdócio de Melquisedeque é eterno, assim Cristo é um sacerdote
eterno da ordem de Melquisedeque e da mesma forma como Melquisedeque recebeu
dízimos da mão de Abrão (muito antes de a lei ser estabelecida em Israel) muito
mais digno é Jesus de receber das nossas mãos hoje o dízimo, pois o autor de
hebreus afirma positivamente que aqui são homens mortais
os que recebem dízimos, porém ali, AQUELE DE QUEM SE TESTIFICA QUE VIVE (Hb
7.8). A benção pronunciada por Melquisedeque sobre Abraão e o fato de
que este a aceitou colocaram suas posições relativas fora de dúvida. O autor de
Hebreus não considera aqui a natureza dessa benção ele deseja apenas mostrar a
superioridade de Melquisedeque sobre Abraão (Hb 7.4).
Paulo,
em sua Epistola aos Gálatas, refere-se a isto quando diz: para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios, em Jesus
Cristo, a fim de que recebêssemos, pela fé, o Espírito prometido (Gl 3.14 ARA).
O apóstolo reforça o argumento
dizendo que, as promessas foram
feitas a Abraão e ao seu descendente, interpretando o Antigo Testamento e declara, Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como
de um só: E ao teu descendente, que é Cristo (Gl 3.16ARA), e conclui dizendo e, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão e
herdeiros segundo a promessa (Gl 3.29 ARA), isso
mostra claramente que hoje recebemos através da fé em Cristo Jesus as bênçãos
da aliança de Abraão.
Como
Abraão se curvou submisso para receber a benção de Melquisedeque, devemos
curvar-nos em humilde submissão a Jesus, o nosso sumo sacerdote eterno, e
receber, pela fé, a sua benção. – (Orton H. Wiley –
Comentário Exaustivo da Carta aos Hebreus)
Note
que Paulo em Gálatas 3.14 faz menção desta promessa dizendo que Cristo se fez
maldição em nosso lugar para que a bênção de
Abraão chegasse aos gentios, em Jesus Cristo, a fim de que recebêssemos, pela
fé, o Espírito prometido.
Se
Abraão nosso pai na fé (Gl 3.7) devolveu o dízimo a um sacerdote que a Bíblia
afirma viver até hoje (muito antes da lei de Moisés decretar que o dízimo é
santo ao senhor, Lv 27.32), muito mais hoje na Aliança da Graça devemos não só
devolver o Dízimo mais devemos consagrar tudo que temos ao Senhor de nossas vidas,
e não adianta querermos arranjar desculpas para não devolvermos aquilo que
pertence ao Senhor; há alguns que defendem a oferta voluntária e “generosa” ao
invés do dízimo, mas pensemos juntos; você caro leitor que quem defende com
unhas e dentes a abolição do dízimo deseja mesmo dar “voluntária e
generosamente”? Duvido muito. A verdade é que esses tais que defendem a não
prática do dízimo são avarentos e gananciosos e não querem assumir a
responsabilidade do sustento da obra do Senhor, como a Bíblia repetidamente nos
exorta. Pense comigo meu querido irmão o que seria da obra do Senhor se não
houvesse fiéis dizimistas na Igreja, qualquer ministro do Evangelho pode
comprovar o valor da fidelidade financeira dos seus membros.
Não há
outro jeito de sustentar a obra de Deus, oferta “voluntária” é muito boa, mas
não requer do ofertante um compromisso mensal com a Igreja; e vamos ser
sinceros poderia dar certo em alguns lugares, em algumas igrejas, mas nem todo
mundo pensa igual, é diferente com o dízimo, pois a pessoa sabe que tem aquele
compromisso com Deus e com a Igreja e separa os dez por cento (10%) sem
comprometer o restante do seu salário. O que tenho percebido durante alguns
anos de ministério é que quem defende a abolição do dízimo são pessoas que não
vivem de tempo integral no ministério, geralmente essas pessoas não se dedicam
ao ministério (preferem outro de tipo de atividade que não é a de pastorear
pessoas, mas mesmo assim recebem salário da igreja) e tem uma fonte de renda
extra e criticam aqueles que se dedicam exclusivamente a obra de Deus, esquecendo-se
do que a Bíblia diz em relação ao sustento dos obreiros do Senhor.
MINISTROS TÊM O DIREITO BÍBLICO DE SEREM
SUSTENTADOS PELA IGREJA.
Mas aquele que
está sendo instruído na palavra faça participante de todas as cousas boas
aquele que o instrui (Gálatas
6.6).
Paulo, aqui, faz
referência à obrigação de dar sustento àqueles que se afadigam no ensino
da Palavra. Ensino repetido em 1Tessalonicenses 5.12:
Agora, vos
rogamos, irmãos, que acateis com apreço os que trabalham entre vós e os que vos
presidem no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais com amor em máxima
consideração, por causa do trabalho que realizam.
E mais detalhado
em 1Coríntios 9.4-14
Não temos nós o
direito de comer e beber? (v 4)
Ou somente eu e
Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar? (v 6 – Paulo
refere-se ao trabalho secular).
Se nós vos
semeamos as cousas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais? (v 11)
Não sabeis vós que
os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E que serve ao
altar do altar tira o seu sustento? (v 13). A referência aqui é a Dt 18.1, que
permite aos levitas comer partes dos sacrifícios oferecidos no Templo.
De fato, existe o
direito bíblico (do qual Paulo abriu mão, pelo menos com relação aos coríntios
– 1Co 9.15 – e aos tessalonicenses – 1Tss 2.7,9; 2Tss 3.8-9) de os ministros
que vivem de tempo integral no ministério serem sustentados pelas suas
congregações:
Assim ordenou
também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho. (1Co 9.14)...
Algumas citações,
entre muitas:
... compartilhai
as necessidades dos santos. (Rm 12.13)
... façamos o
bem a todos, mas principalmente aos da família da fé. (Gl 6.10)
Aquele que furtava
não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para
que tenha com que acudir ao necessitado. (Ef 4.28)
Exorta aos ricos
do presente século... que... sejam... generosos em dar e prontos a repartir (1Tm 6.17,18).
A
Bíblia esta repleta de exortações contra a avareza dizendo inclusive que é
idolatria (Cl 3.5).
O
ensino consistente e positivo do Novo Testamento a respeito da generosidade, da
liberalidade, da prontidão em repartir. A contrapartida negativa temos nas
muitas advertências a respeito da avareza:
O que
foi semeado entre os espinhos é o que ouve a palavra, porém os cuidados do
mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera (Mt
13.22).
Tende
cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um
homem não consiste na abundância dos bens que ele possui. (Lc
12.15)
Sabei,
pois, isto: nenhum ... avarento, que é idólatra, tem herança no reino de
Cristo e de Deus. (Ef 5.5)
Porque
nada temos trazido para o mundo, nem cousa alguma podemos levar dele. Tendo
sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar
ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e
perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição.
Porque
o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se
desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores. (1Tm
6.7-10)
Seja a
vossa vida sem avareza. (Hb 13.5)
A BÍBLIA TAMBÉM NOS MANDA SOCORRER OS
NOSSOS IRMÃOS EM CRISTO, E A OBRA DE DEUS. (A IGREJA E OS MINISTROS)
O
apóstolo Paulo organizou uma grande coleta para os necessitados da Judéia. As
duas epístolas aos Coríntios trazem referência a esta coleta, veja: Quanto à
coleta para os santos, fazei vós também como ordenei às igrejas da Galácia. No
primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua prosperidade,
(provavelmente uma referencia ao Dízimo) e vá juntando, para que se não façam
coletas quando eu for. 1Co 16.1-2
Nos
capítulos 8 e 9 de 2ª Coríntios, Paulo desenvolve seu ensino acerca das contribuições.
Estes textos se referem à alegria da contribuição, à generosidade, à liberalidade,
à presteza em ofertar:
E isto
afirmo, aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura
com abundância também ceifará. (9.6)
...
porque, no meio de muita prova de tribulação, manifestaram abundância de alegria,
e a profunda pobreza deles superabundou em grande riqueza da sua generosidade. (8.2)
Pedindo-nos,
com muitos rogos, a graça de participarem da assistência aos santos. (8.4)
...
assim, como revelastes prontidão no querer, assim a leveis a termo, segundo
as vossas posses. (8.11)
porque
bem reconheço a vossa presteza, da qual me glorio... (9.2)
Não
vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela
diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; (8.8)
Porque,
se há boa vontade, será aceita conforme o que o homem tem e não segundo
o que ele não tem. (8.12)
Cada
um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade;
porque Deus ama a quem dá com alegria. (9.7)
TUDO DEVE SER FEITO:
1 - COM AMOR 1Co 13.3
2 - COM
GENEROSIDADE 2Co 9.6-15
3 - CONFORME
A SUA PROSPERIDADE 1Co 16.1,2
OFERTAS VOLUNTÁRIAS NO NOVO
TESTAMENTO PARA SUSTENTO DO MINISTÉRIO:
E
sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia,
nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão
unicamente vós outros; porque até para Tessalônica mandastes não somente uma
vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades. Não que eu procure o
donativo, mas o que realmente me interessa é o fruto que aumente o vosso
crédito. Recebi tudo e tenho abundância; estou suprido, desde que Epafrodito me
passou às mãos o que me veio de vossa parte como aroma suave, como sacrifício
aceitável e aprazível a Deus. (Filipenses 4.15-18)
Paulo
usa a figura dos sacrifícios do Velho Testamento com relação às ofertas:
as ofertas dos filipenses foram, diante de Deus, “como aroma suave, como
sacrifício aceitável e aprazível a Deus”. Observe que a Igreja em filipos
estava sustentando o ministério do Apóstolo Paulo, pois Paulo disse... mandastes
não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades,
veja Paulo estava sendo sustentado pelos irmãos (através dos Dízimos e ofertas
voluntárias) para poder se dedicar ao ministério de tempo integral (como os
Apóstolos em Atos 6.4).
Sejamos
justos nas nossas práticas dizimando e frutificando em toda boa obra do Senhor.
Não caia em argumentos filosóficos, pratique a Palavra do Senhor e veja os
resultados de ser fiel, na sua vida, recebendo proteção e bênçãos sem medidas.
(Ml 3.8-11)
NEle com amor.
Jorge Eduardo Costa
Ministério Ensinando
Cristo às Nações
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